sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Kant comigo (rap)



Se eu sou um sujeito do conhecimento
O que me faz saber disso é o entendimento
E se "a coisa em si" só existe para mim
Eu vou passar a vida toda assim (comendo capim)

Mas se eu não posso te dizer que essa porra ta errada
Então agora escuta isso - vou mudar essa parada:
Juízos sinestésicos a priori
Prioridade para a insanidade

Realidade imanente
Entenda, não invente
Criando o seu instante
Uma transformação constante

Movimento, movimento
Esse é meu argumento
Porque a vida no Além
Não existe pra ninguém!

Não existe "A Verdade"
Imutável, Absoluta
Verdade que não muda é verdade...
Filha da puta!

Escrito em 23/07/2001


Esse "rap" foi uma brincadeira que fiz com alguns termos/conceitos utilizados por Kant na sua "Crítica da Razão Pura, tais como os "coisa em si", "juízos sintéticos" e o famoso "a priori", assim como também o de "realidade imanente", de Espinosa em sua "Ética". Na época (2001), eu
cursava ainda Filosofia, no IFCS, e estava cumprindo duas disciplinas que tratavam dessas obras. Só pra descontrair e pensar um pouquinho diferente... Fazendo arte!


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2 comentários:

  1. Aninha, se todo rap tivesse essa densidade filosófica, talvez já tivéssemos nosso primeiro Nobel de Literatura, rs.

    Rap com Kant e Espinoza foi demais! Maravilha! Rs, rs, rs. Ótimo, adorei. Que bom que voltou aos textos.

    Besos.

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  2. Aninha, saudades também. Já tinha vindo aqui no seu blog, e vi suas gotas de insônia. Legal conhecer esse seu outro lado escritora-poetisa-letrista. Uma pessoa inspirada. O Carlão dizia que a capoeira ajuda a escrever, lembrei disso quando li seu blog, seu jeito de se mostrar e ao mesmo tempo se recolher, deixar sugerido sem entregar de tudo. Muito bom. Continue!
    Beijos! e volte sempre...

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