Gotas são pequenas e surgem aos poucos. Ou não necessariamente. Coisas são variadas e podem ser infinitas. Nada aqui é uniforme ou linear, tampouco contínuo... Minha escrita é feita por sentimentos.
sábado, 12 de setembro de 2009
O sábio desconhecido...
"O corpo é uma grande razão, uma pluralidade dotada de um sentido, uma guerra e uma paz, um rebanho e um pastor. Instrumento de teu corpo é também tua pequena razão, meu irmão, a que chamas 'espírito', um pequeno instrumento e um pequeno joguete de tua grande razão. Instrumentos e joguetes são o sentido e o espírito; por detrás deles está, porém, o si mesmo. Por detrás de teus pensamentos e sentimentos, meu irmão, encontra-se um soberano poderoso, um sábio desconhecido - ele se chama si mesmo. Em teu corpo habita ele, ele é o teu corpo"
Nietzsche em Assim Falou Zaratustra, I. "Dos Desprezadores do Corpo"; em KSA. Vol. 4; p.39
Não sei até que ponto é possível estabelecer relação entre a imagem e o texto. Mas também não estou certa de que seja necessário. Procurando na net imagens que pudessem "ilustrar conceitualmente" (que porra é essa? rssr) o texto, considerei que essa vinha ao encontro do que não necessariamente estava pensando, mas, muito mais, sentindo.
E me fica uma pergunta quando tento explicar - "para ti, para mim" - não seria a razão mais um sentido? Sim, mais um. Um outro sentido que, como aqueles já reconhecidos e considerados enquanto tais, não estaria colocado numa hierarquia, sendo julgada como "o mais importante".
O que nos faz, enquanto seres humanos, insistir em considerar a razão como algo diferente, melhor, mais puro e além dos sentidos?
Meus sentidos são minha razão. E esta, está completamente embriagada de sentidos. Todos aqueles sentidos possíveis e passíveis. Possíveis de amores, rancores, odores, afetos de todos os tipos. Passíveis de erro, de acerto, de enxertos, de tortos e direitos.
Essa reflexão continua. E, como a vida, é possível que evolua. Não, obviamente, no sentido progressivo. Sim, possivelmente, no caminho qualitativo. E não garantidamente melhor, mas sim, muito provavelmente, diferente.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Aninha, fala mais, sigamos nessa "porra" louca que uma hora a coisa enlouquece mais ainda (achou que eu ia dizer que melhora, né?! rsrs)...
ResponderExcluirquem sabe a gente não consegue pensar ainda num projeto ultra-mega-super-muito-mesmo-interdisciplinar??
Olá Anacris, desculpe a intromissão de entrar nesse seu im/explícito mundo virtual que é o blog. Adorei seus textos e me tornei seguidor dos seus sentimentos gráficos. Também escrevo, tenho meu blog, e estou trabalhando numa monografia que analisará os conceitos estéticos que envolvem uma coisa que chamo de "Blogueteratura" e gostaria de saber se futuramente eu poderei analisar algum texto seu? E espero que nossa amizade virtuliteral dure por longos anos, muito prazer em conhecê-la.
ResponderExcluirHangner Correia.